Quem é o Senhor? Mensagem 12, dia 19 de Junho

Dando continuidade à nossa série “Quem é o Senhor?”, seguimos na carta de Paulo aos Efésios que tem como centro de gravidade o Senhorio de Jesus. O apóstolo discorre sobre as implicações de ter Jesus como o Senhor em diversas áreas da vida e à medida que a carta avança, Paulo aborda como o discípulo de Jesus deve se relacionar em diferentes contextos:

E neste último domingo refletimos de forma mais específica sobre o impacto do senhorio de Jesus nas relações trabalhistas, não em termos jurídicos, mas em termos relacionais, ou seja, como o discípulo de Jesus deve se relacionar com patrões, funcionários e seus pares no ambiente de trabalho. 

Nosso ponto de partida foi o texto de Efésios 6: 5-9

Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo. Obedeçam-lhes não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre. Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas.

Efésios 6.5-9

Antes de nos aprofundarmos no texto, é importante destacar que embora Paulo escreva para senhores e servos (livres ou escravos), o apóstolo não está legitimando uma estrutura opressora como a escravatura, ao contrário, ensina aos discípulos de Jesus que o senhorio de Cristo implica uma mudança revolucionária e contracultural nas relações senhores/servos.

Além disso, embora a estrutura senhor/servo e servo/senhor não represente necessariamente a complexidade das relações trabalhistas da atualidade, o que Paulo vai propor neste texto são princípios atemporais, que foram contraculturais no contexto da carta, e que ainda hoje vão na contramão da nossa cultura, são princípios norteadores para todo discípulo de Jesus em seus relacionamentos no contexto de trabalho.

Também é importante termos em mente que a passagem bíblica em questão dois blocos que se iniciam com verbos no imperativo grego:

Assim, as quatros orientações (princípios) que Paulo propõe que tanto para servos ou senhores são:

Primeira orientação: Profunda reverência pela outro (vs 5)

Segunda orientação: Integridade (vs 5)

Terceira orientação: Seguir íntegro, mesmo quando ninguém observa (vs 6a)

Quarta orientação: De coração e de boa vontade (vs 6a e 7)

Nesta quarta orientação é necessário ter em mente que o apóstolo Paulo lança um desafio mais radical, que impacta um nível mais profundo do “o quê fazemos” e “como fazemos”, atingindo o “por quê fazemos”. Oferecendo assim a todos os que são discípulos de Jesus uma clareza de propósito.

A quinta orientação (princípio) se encontra no segundo bloco e é destinada especialmente aos senhores. Importante ter em mente que tanto no primeiro século, quanto atualmente, outros pensadores propõem que as ameaças sejam deixadas de lado. Entretanto, o porquê Paulo propõe isso é radicalmente diferente dos demais pensadores que comumente visam algum tipo de rentabilidade, ou seja, Paulo nos propõem uma nova consciência.

Por último, foi nos apresentado uma esperança (certeza):


PARA ESTIMULAR A CONVERSA

  1. Quais os pontos que mais chamaram a sua atenção na reflexão deste domingo e por quê?
  2. Diante de tudo que foi ouvido qual o principal desafio que você traz para você e por quê?
  3. Como você pretende lidar com esse desafio? Seja o mais concreto possível respondendo, para isso tente responder essas perguntas por partes, respondendo outras três perguntas: Por quê? Como? O quê?

PARA CONSOLIDAR

Reflexão
Slides
Chácara Talk

AO LONGO DA SEMANA

Segunda-feira: Efésios 5.21 
Terça-feira: Romanos 12.1-2
Quarta-feira: Colossenses 3.22-24
Quinta-feira: Efésios 6.5-9
Sexta-feira: Efésios 6.10-18

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