THIS IS US: A história dos dois filhos perdidos

RECORDANDO A MENSAGEM

Zygmunt Bauman, sociólogo já falecido, já falava sobre uma modernidade líquida, que se caracteriza pelo individualismo, busca da satisfação pessoal acima do coletivo e a rapidez das mudanças. Ele comenta em um de seus escritos que “(…) viver com uma multidão de valores, normas e estilos de vida em competição, sem a garantia firme e confiável de estarmos certos, é perigoso e cobra um alto preço psicológico.”

Quais são os preços psicológicos que temos pago numa sociedade líquida, onde tudo muda, onde os relacionamentos se tornaram descartáveis?

  1. Rupturas (desnecessárias);
  2. Imaturidade (emocional);
  3. Abuso (nas relações);
  4. Isolamento (medo);
  5. Perda da identidade.

O ponto de contato com a série de TV será novamente a importância da figura do pai na vida dos filhos, e como a ausência do pai mexeu com a vida dos filhos.

SUGESTÃO PARA O LÍDER: Procure desenvolver esses “preços psicológicos” que parecem dissolver os relacionamentos, encaminhando seu GP a interceder por isso, e dando suporte para os membros que necessitarem de assistência.

Todos os publicanos e “pecadores” estavam se reunindo para ouvi-lo.
Mas os fariseus e os mestres da lei o criticavam: “Este homem recebe pecadores e come com eles”.

Lucas 15.1,2

Dois grupos distintos ao redor de Jesus:

Publicanos e “pecadores”: coletores de impostos, que se venderam aos romanos e passaram a participar da opressão dos judeus. Isso se deu porque o bem individual se tornou mais importante do que o bem coletivo; representam os que enaltecem o lucro pessoal em detrimento do bem estar comum. Ou ainda, pessoas desregradas, que não se encaixavam na conduta moral conservadora. Em resumo pessoas que rompem mais facilmente com as relações familiares.

Fariseus e Mestres da Lei: esse grupo é o oposto: Religiosos; o grupo da moral social; preocupados com a aparência. Pessoas que que se mantém nas relações familiares, mas não necessariamente com qualidade.

Nas duas primeiras histórias (Lucas 15.3-7; Lucas 15.8-10) ele coloca esses grupos dentro:
“Qual de vocês (…)?
Qual é a mulher (…)?”

Mas em Lucas 15.11-32 ele começa com: “Um homem tinha dois filhos…”

Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
“Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.
Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade.
Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos.
Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
“Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!
Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti.
Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’.
A seguir, levantou-se e foi para seu pai. “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.
“O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’.
“Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.
Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar.
Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.
“Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança.
Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo.
Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’.
“O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele.
Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos.
Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’
“Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.
Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ “.

Lucas 15:11-32

O FILHO MAIS NOVO (dos versos 11 ao 19)

Lucas 15.11-13
Ruptura: afetiva, emocional, do valor que o pai dava para os recursos financeiros e geográfica.
Imaturidade: por viver de maneira irresponsável.
Lucas 15.14-16
Abuso: cuidar de porcos.
Isolamento: “(…),mas ninguém lhe dava nada”.
Lucas 15.17-19
Identidade de filho perdida: não sabe mais quem ele é.

O PAI EM RELAÇÃO AO FILHO MAIS NOVO (dos versos 20-24)

Quatro verbos que merecem atenção:
Viu,
correu,
abraçou,
beijou.

Mais quatro atitudes do Pai que merecem nossa atenção:
Acolhe,
perdoa,
restaura,
celebra.

O FILHO MAIS VELHO (dos versos 25 ao 30)

Este trecho demonstra que:
– Apesar de não ter rompido geograficamente com o Pai, ele não conhecia o coração do Pai.
– Apesar do zelo aparente é alguém amargurado com a vida.
– Consequentemente ele é duro no juízo para com seu irmão.
– Ele também não sabe quem é, ou seja, perdeu a identidade de filho.

O PAI EM RELAÇÃO AO FILHO MAIS VELHO (dos versos 25-32)

Mesmo apesar da postura do filho mais velho o pai insiste com ele, insiste que ele é filho e que precisa celebrar a volta do irmão. Ou seja, o problema não está com o Pai, mas está na maneira como esse filho vê o mundo.

EM RESUMO

O filho mais novo representa os publicanos e pecadores, com autonomia que rompe com a moral e os relacionamentos. O resultado é a destruição. O filho mais velho representa os fariseus e mestres da Lei, que tem moral conservadora e responsabilidade, mas sem coração. O resultado é a amargura.

Portanto, essa é a história dos dois filhos perdidos e de um Pai que esbanja amor e graça!!!

PARA REFLETIR E PRATICAR

  1. Volte para a casa do Pai.
  2. Seja surpreendido pelo seu abraço, beijo, amor e perdão de Deus.
  3. Ofereça a outro amor e perdão.

PARA CONSOLIDAR

Reflexão
Chácara Talk

PARA LER DURANTE A SEMANA

Segunda-feira: Lucas 14. 1-14
Terça-feira: Lucas 14 .15-23
Quarta-feira: Lucas 15. 1-7
Quinta-feira: Lucas 15. 1-2 e 8-10
Sexta-feira: Lucas 15. 11-32

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *